História da Congregação das Irmãs do Sagrado Coração de Maria de Berlaar
Nós, Irmãs do Sagrado Coração de Maria de Berlaar, somos mulheres consagradas ao Senhor, dedicadas ao serviço dos irmãos e irmãs, especialmente dos mais pobres, trabalhando junto com eles na construção de uma sociedade mais humana, justa e fraterna.
Somos uma Congregação de origem belga que nasceu a serviço da Igreja Local, de cunho Diocesano, sem pretensão de transformar–se em Congregação Pontifícia. Esse aspecto de Congregação Diocesana ressalta a característica especial de “Simplicidade“,pois a denominação Pontifícia, na sua estrutura, expressa algo de grandeza.
Nossos fundadores foram Maria Theresia Vermeylen e Padre Henrique Francisco Haes.

MARIA THERESIA VERMEYLEN – nasceu em Keerbergem aos 25 de fevereiro de 1776. Ignora-se a data exata de sua entrada na União mas, fazia parte dela desde 1803. Faleceu em Berlaar, no dia 23 de agosto de 1844, seis meses antes da oficialização canônica da Congregação, em 1845.
Maria Theresia Vermeylen era de origem humilde e de uma fé profunda. Com a ajuda do Padre Henrique Francisco Haes, fundou uma Congregação com as seguintes finalidades: educar cristãmente as crianças, ensinando-as a ler e escrever; cuidar da vida de oração, da limpeza e ornamentação da Igreja, dos doentes e idosos, e dos afazeres domésticos. Seu ideal, sem dúvidas, era ver a
Congregação espalhada e propagada em muitas partes do mundo. Porém, não viu seu sonho realizado, mas ele foi seguido com muito ardor, pelas suas companheiras. Nos anais da Congregação consta que “a autoridade local de Berlaar, atesta que Maria Theresia Vermeylen, costureira, residia na aldeia, empregava seu tempo numa das mais úteis finalidades, destacava-se pelo cuidado e diligência com que ela e suas colaboradoras educavam muitas crianças para uma vida honesta e pelo desvelo e serviços que prodigalizavam a pessoas idosas e doentes.”

Um dos maiores merecimentos do zeloso pastor foi, indubitavelmente, o de ter movido a autoridade eclesiástica a conceder a existência canônica de Congregação Religiosa à União das Donzelas Piedosas.
Em Maria Theresia Vermeylen, a Marola remanescente, prudente e piedosa, o padre Haes, Vigário de Berlaar, encontrou uma valiosa “auxiliar“ para: levar avante o seu intento de “reerguer a União das Donzelas Piedosas e transformá-la em Congregação Religiosa” e também para aumentar, com discrição, o número de seus membros. Theresia, em 1844, acolhera mais seis membros. Tendo em vista, o ulterior desenvolvimento da União, ela já se mostrava atenta aos interesses espirituais da União.